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Plástica logo após o parto: certo ou errado?

  • Foto do escritor: Monica Macedo
    Monica Macedo
  • 20 de jun. de 2016
  • 3 min de leitura

O que antes era a expressão da própria natureza, hoje, é considerado deformidade. Assim estão sendo vendidas as cirurgias plásticas para o pós-parto. A conduta é fruto de padrões irredutíveis de beleza, da tecnologia e da cultura pop, uma combinação que trata as mudanças biológicas como se fossem tão substituíveis quanto a cor do cabelo… Revistas de fofoca, nos Estados Unidos e no Brasil, não perdoam as “mães celebridades” que não perdem imediatamente o “peso do bebê”.

Agora, as mulheres “devem lutar” contra o impacto do envelhecimento e da gravidez. “O marketing do mommy makeover tenta transformar em patologia o corpo feminino no pós-parto, caracterizando a gravidez e o parto como enfermidades com efeitos desfigurantes que podem ser consertados com a ajuda de bisturis e cânulas. A mensagem central da venda deste tipo de serviço é que, depois de ter filhos, o corpo da mulher muda para pior”, afirma o cirurgião plástico Iuri Galembeck Mitev (CRM-SP 132.051), diretor da Duo Clinic.

Destinadas às mães, em geral, as cirurgias são oferecidas em pacotes de três: “uma levantada nos seios” com ou sem implantes de silicone, redução da barriga e lipoaspiração. Os procedimentos têm o objetivo de diminuir a flacidez da pele e reduzir as estrias e a gordura adquiridas na gravidez.

“Na verdade, cada mulher reage de uma forma à gravidez. Idade e genética influenciam o modo como o corpo se recupera. Algumas mulheres ficam com estrias devido à gravidez ou ao ganho de peso. Algumas mulheres voltam a ter uma barriga lisinha e outras não, algumas retomam o peso que tinham antes de ter filho e outras não. Mas não há anormalidade intrínseca aos seios ou ao abdômen”, defende o médico.

Iuri Mitev também esclarece que não há a necessidade ou a obrigatoriedade de se submeter a uma plástica após o parto. E somente depois de um ano após o parto, é recomendável a realização de qualquer procedimento estético. “Qualquer cirurgia exige cuidados e durante o pós-operatório a mulher ficará com os movimentos limitados. Ela não poderá realizar atividades simples como carregar, amamentar ou dar banho no bebê. É preciso colocar na balança se este tipo de distanciamento do filho vale a pena”, pondera o cirurgião plástico.

Se a decisão da mulher for a de fazer a plástica, o médico não recomenda a sua realização no período de amamentação. “Os anestésicos utilizados podem passar para o leite materno, prejudicando o desenvolvimento e a disposição do bebê. O ideal é se submeter a qualquer tipo de intervenção apenas seis meses depois de terminar o período de amamentação”, recomenda.

Segundo Mitev, as novas mamães querem recuperar os antigos contornos próximos do abdômen e a firmeza das mamas. A lipoaspiração, a abdominoplastia (cirurgias de abdômen) e a mastopexia (cirurgia para levantar as mamas) ocupam os primeiros lugares no ranking de desejos destas mulheres. “É muito importante esclarecer que a abdominoplastia não deve ser feita logo após a cesárea. No pós-parto, a mulher ainda sofre os efeitos da gestação: alterações hormonais, flacidez da pele, excesso de peso, inchaço. Como o contorno do corpo fica distorcido, o cirurgião plástico não consegue identificar o quanto do abdômen precisa realmente ser reduzido. Ou seja: nesse caso, os riscos do resultado da plástica não sair como o esperado são grandes”, diz o médico.

Ainda sobre a abdominoplastia, Iuri Mitev esclarece que é possível fazer a cirurgia utilizando parcialmente a cicatriz da cesariana, posteriormente.Frequentemente, quando a cicatriz da cesariana está na sua localização habitual – na parte inferior da barriga –, podemos aproveitá-la. Lembrando que a cicatriz não deixará de existir, mas poderá ficar do mesmo tamanho ou um pouco maior”, diz o médico.

Caso a mulher faça uma abdominoplastia, a cirurgia não prejudica uma posterior gestação. “Muita gente acha que após a abdominoplastia os músculos são ‘amarrados’ e a barriga nunca mais irá crescer. Isso não acontece. O único problema de engravidar após a abdominoplastia é que a mulher poderá perder os resultados da cirurgia”, explica o diretor da Duo Clinic.

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