Gordura localizada x cirurgia plástica
- Monica Macedo
- 25 de mai. de 2016
- 3 min de leitura
Exercícios, dieta, cremes e massagens… Às vezes, nem todo o arsenal de beleza consegue livrar a pessoa “daquela gordurinha localizada”, que geralmente acomete a cintura, as coxas e as costas… Basta colocar uma roupa mais justa para ela se destacar negativamente no espelho. “As causas para o acúmulo de gorduras localizadas são múltiplas, incluindo a hereditariedade. Assim como existem pessoas com tendência a desenvolver mais barriga ou culote que outras, muitas estão predispostas ao aparecimento de gordura nas costas. Por isso, se sua mãe, tia ou avó têm excesso de gordura localizada em alguns locais, os riscos de você desenvolver o problema são grandes”, afirma o cirurgião plástico Iuri Galembeck Mitev (CRM-SP 132.051), diretor da Duo Clinic.
Mas há outros fatores envolvidos nesta questão, como uma descompensação hormonal, por exemplo, que predispõe o organismo feminino ao problema. Estas oscilações hormonais são comuns devido ao uso da pílula anticoncepcional, durante a puberdade e logo após a gravidez.
“É preciso esclarecer que a gordura corporal subcutânea tem um lado benéfico: ela auxilia na regulação da temperatura, age como um importante isolante térmico, é importante para a produção hormonal, é fonte de energia e tem papel fundamental no deslizamento entre os tecidos, por isso não deve ser totalmente removida. É um erro eliminar totalmente a gordura de determinada região, devemos respeitar o limite seguro, entre 5-7% do peso corporal”, explica Mitev.
Em excesso, a gordura corporal é um fator de risco para a saúde. Ela pode causar doenças cardíacas, hipertensão, distúrbios do metabolismo dos lipídios e glicídios, males articulares, ósseos e renais, diabetes, asma e desordens pulmonares. E quando o excesso de gorduras incomoda e abala a autoestima, a estética e a medicina oferecem ferramentas para a solução do problema.
Para que o combate à gordura localizada tenha resultados efetivos, o ideal é combinar exercícios aeróbicos – caminhar, pedalar, correr, patinar, nadar e dançar -, reeducação alimentar e tratamento estético adequado, segundo orientação médica. “Se o problema persistir é possível recorrer a uma lipoaspiração, procedimento destinado a remover apenas as gorduras localizadas, como as que se encontram debaixo dos braços, nos quadris e na região abdominal. É o tipo de gordura que dificilmente pode ser eliminado, mesmo com o auxílio de exercícios físicos e de uma nova dieta”, explica o médico.
“O excesso de gordura na barriga, nas costas, nas axilas ou em qualquer parte do corpo é retirado por um sistema de aspiração a vácuo. Uma cânula finíssima, inserida através de pequenas incisões do corpo, aspira a gordura”, explica Iuri Mitev. A cirurgia demora, em média, de 2 a 3 horas e a internação dura de 12 a 24 horas. A anestesia pode ser local se a área a ser lipoaspirada for pequena, com alta no mesmo dia. Para grandes áreas, é melhor utilizar uma anestesia de bloqueio com sedação e alta no mesmo dia ou após 24 horas, dependendo do caso.
Nas primeiras duas semanas exige-se repouso relativo e uso de uma cinta compressiva para evitar o inchaço. A ginástica é liberada após 3 semanas. O resultado definitivo da cirurgia pode ser observado, em média, após uns 6 meses, quando o corpo desinchar. “O efeito da lipoaspiração é mais satisfatório e duradouro quando não existe flacidez da pele e quando não se está mais de 10 quilos acima do peso. Após a cirurgia, uma pele com boa elasticidade se retrai e se acomoda perfeitamente sobre a região operada”, explica o diretor da Duo Clinic.
Comments